Desde que a pandemia global se instalou, pessoas em todo o mundo estão se reinventando e/ou descobrindo-se – com manifestações nas redes sociais. Sylvio Passos, que já se reinventou tantas vezes, resolveu atuar como YouTuber e contar suas aventuras com Raulzito Rock Seixas em seu canalPapos EtílicKos. No canal, além de suas histórias com Raul, Sylvio também dá suas clássicas divagadas em temas filosóficos existenciais e científicos contemporâneos, além de alfinetadas políticas e em fanáticos chatos.
Se você quer rir muito, ficar puto(a) e refletir sobre os mais variados temas, acesse o canalPapos EtílicKos, de preferência tomando o bom e velho Jack Daniel’s ou um bom vinho, se não tiver nenhum desses, vale uma boa cachaça ou uma caixa de cerveja. Depois não diga que não avisei.
O vídeo mais recente um resumão da discografia e biografia de Raul Rock Seixas.Confira clicando AQUI.
Nomes do Rock Brasileiro e internacional já fazem parte da cultura carnavalesca brasileira há alguns anos. No carnaval em todo o Brasil blocos de todas as tribos tomam conta das ruas em todo país e Raul Seixas está presente em grande parte dos blocos. Blocos antigos e novos blocos além de eventuais homenagens nas grandes Escolas de Samba.
Muitos dos roqueiros, que detestam carnaval, se posicionam contra tais manifestações carnavalescas envolvendo Raulzito Rock Seixas, visto que o próprio Raul detestava carnaval. Mas, por outro lado, muitos outros fãs do Maluco Beleza apoiam a ideia e criam blocos em homenagem ao ídolo. Existem vários blocos homenageando Raul em todo o Brasil. Um deles, e talvez o mais famoso é o carioca “Toca Rauuul!” que está em São Paulo na semana que vem, quinta-feira (20), no SESC Pompéia (Rua Clélia, 93) no evento gratuito de lançamento do livro “Raul Seixas – Não diga que a canção está perdida”, biografia recém-lançada pela Editora Todavia, do jornalista Jotabê Medeiros.
Aniversários de Sylvio Passos e Cleber Lessa
14 de fevereiro de 2020 – O BICHO VAI PEGAR! Putos BRothers Band no Santa Sede Repertório Variado + TOCA RAUL!
Abertura da casa: 18h00 Show Time: 21h00 Valor Único: $10
Santa Sede Rock Bar Av. Luiz Dumont Villares, 2104 Estação Parada Inglesa São Paulo – SP Tel: (11)98485 1459 – (11)97134 0217 Cleber & Fernando Evento Facebook:https://www.facebook.com/events/869010840183643/
Novo canal de Sylvio Passos no YouTube. Papos EtílicKOs. Vá lá curta e compartilhe os vídeos.
Raul Seixas homenageado pela Mocidade Alegre no Carnaval de 1995.
Depois de quase meio século, os selosRecord Collector Brasil&Selo 180, orgulham-se em lançar em vinil o mítico álbum do cantor Leno!
Gravado nos Estúdios CBS de novembro de 1970 a janeiro de 1971 o álbum pós-jovem guarda é uma surpresa do hard rock setentista brasileiro e tem seu lugar garantido entre os mais importantes álbuns da nossa história! Com participações de Raul Seixas, integrantes da Bolha, e um time estrelado da jovem guarda, o álbum é parte integrante de qualquer discografia que se preza da MPB, Jovem Guarda, Rock Nacional e da discografia do Raulzito! Censurado na época o álbum ficou perdido nos porões da gravadora CBS (hoje Sony Music) até que em 1995 foi resgatado e lançado em CD, sendo esta a primeira vez que é prensado como deveria ter sido em 1971: EM VINIL!
ENVIO PREVISTO À PARTIR DE 15 DE OUTUBRO, GARANTA JÁ A SUA CÓPIA.
CAPA DUPLA ENCARTE DUPLO 500 cópias numeradas em vinil 180 gramas preto r$ 119,90 500 cópias numeradas em vinil 180 gramas branco r$ 150,00 O álbum pode ser adquirido em um dos dois sites dos selos abaixo: recordcollector.com.br selo180.com.br
Lado A 1) Johnny McCartney (Leno/Raulzito) Leno: guitarra e vocal Raulzito Seixas: backing vocals Renato Barros: backing vcals A Bolha: Gustavo Schroester: bateria Pedro Lima: guitarra solo Arnaldo Brandão: baixo Renato Ladeira: guitarra base
2) Por que não? (Leno) Leno: vocal Raulzito Seixas & Renato Barros: backing vocals Pedro Paulo: percussão A Bolha: Renato Ladeira – órgão Hammond Gustavo Schroeter: bateria Pedro Lima: guitarra solo Arnaldo Brandão: baixo
3) Lady Baby (Raulzito/Carlos Augusto) Leno: vocal e guitarra Paulo Cesar Barros: banjo e violão Ian Guest: piano elétrico Pedrinho Medeiros: baixo Sérgio Barros: bateria Trio Ternura: backing vocals Pachequinho & Raulzito: arr. cordas/metais/flautas
4) Sentado no Arco-íris (Leno/Raulzito) Leno: vocais Raulzito Seixas & Renato Barros: backing vocals A Bolha: Gustavo Schroeter: bateria Pedro Lima: guitarra solo Arnaldo Brandão: baixo Renato Ladeira: percussão
5) Pobre do Rei (Paulo Sérgio Valle/Marcos Valle) Leno: vocal Marcos Valle: piano elétrico Paulo César Barros: violão de nylon Pedrinho Medeiros: baixo PedroPaulo: percussão Golden Boys: backing vocals Ian Guest: arr.cordas
6) Sr. Imposto de Renda (Leno/Raulzito) Leno: violão, harmônica e vocal Raulzito Seixas, Renato Barros e Pedro Paulo: backing vocals
Lado B 1) Peguei uma Apollo (Arnaldo Brandão) Leno: vocal Raulzito Seixas e Renato Barros: backing vocals A Bolha: Renato Ladeira: guitarra base Gustavo Schroeter: bateria Pedro Lima: guitarra solo Arnaldo Brandão: baixo
2) Não há lei em Grilo City (Leno) Leno: guitarra e vocal Paulo Cesar Barros: guitarra The Shakers: Pelin: baixo Caio: bateria
3) Convite para Ângela (Leno/Raulzito) Leno: violão e vocal Raulzito Seixas: violão e backing vocals Renato Barros: violão de 12 cordas e backing vocals Paulo Cesar Barros: baixo
4) Deixo o Tempo me Levar (Leno) Leno: vocal/violão de 12 cordas/guitarra Scaramboni: piano acústico Paulo Cesar Barros: baixo Maestro Pachequino: arranjo de cordas e trompa Golden Boys: backing vocals
5) Contatos Urbanos (Ian Guest) Leno: guitarra e vocal Perlin: baixo Caio: bateria Hector: órgão Trio Ternura: backing vocal
6) Bis (Leno/Raulzito) Leno: guitarras e vocal Raulzito Seixas: Violão Paulo César Barros: baixo Sérgio Barros: bateria Scaramboni: teclados
Cartaz de um dos eventos promovidos por Serrão em Salvador, 1968.
Há pouco mais de um mês o documentário “Waldir Serrão: O Silêncio do Big Ben“, com a notável trajetória do radialista, agitador cultural e apresentador de TV Waldir Serrão, teve sua pré-estreia em Salvador, na Sala Walter da Silveira. O filme aborda o apogeu e a decadência de um ídolo que revelou muitos talentos nas tardes de sábado na década de 1970.
Hoje, sexta-feira (27), Waldir Serrão faleceu após um ataque cardíaco. Chamado carinhosamente de “Serrote” por Raul Seixas, ambos agitaram a cena rock and roll em Salvador no final da década de 1950 e fundaram aquele que seria o primeiro fã-clube de Elvis Presley no Brasil, o Elvis Rock Club, fonte de inspiração para o nome do fã-clube oficial de Raul, o Raul Rock Club.
Segundo sua filha, Silvia, Big Ben sofreu um infarto e não resistiu. Uma ambulância do Samu chegou ao local para prestar socorro, mas não conseguiu reanimar o artista.
Waldir Serrão e Raul Seixas ainda adolescentes em Salvador, BA.
O enterro acontece neste sábado (28), no cemitério Quinta dos Lázaros, Baixa de Quintas, Salvador – BA
Veja abaixo o trailer do documentário “Waldir Serrão: O Silêncio do Big Ben”
A última vez que estive com Waldir “Serrote” Serrão foi no palco***, prestando homenagem a ele, ao lado de Eládio e outros roqueiros soteropolitanos. Antes disso, durante sessões do documentário “Raul: O Início, o fim e o meio”. Respeito – e vai deixar saudade esse baixinho retado. RIP SERROTE! SPassos, aquele… | ***Domingo, 28 de junho de 2015, 70 anos de Raulzito. 11 da manhã, frio, chovendo e o Teatro Castro Alves completamente lotado com gente do lado de fora querendo entrar. Só Raulzito faz isso. Viva Raul! Long Live Rock and Raul!
Musical “Viva Raul” volta a São Paulo com apresentação única no Theatro NET São Paulo nesta quarta-feira (11) às 21h00. Em cena, o ator e cantor Renato Ignácio “incorpora” Raul Seixas para interpretar os principais sucessos do Maluco Beleza.
OTributo Musical – Viva Raulchega com uma grande homenagem ao Pai do Rock Nacional, Raul Seixas, interpretado pelo ator e músico,Renato Ignácio, que vai dar vida a Raul Seixas, através da semelhança física e vocal, sem contar com os trejeitos e figurinos, cenário e intervenções que fazem as pessoas se transportarem a um show do lendário Raul Seixas.
Neste Show será apresentado os grandes clássicos da obra de Raul Seixas tais como: Gita, Metamorfose Ambulante, Maluco Beleza, Aluga-se, Cowboy fora-da-lei, Medo da chuva, Eu nasci há dez mil anos atrás entre muitas outras.
Theatro NET SP Rua Olimpíadas, 360 Shopping Vila Olímpia Bilheteria: Piso Térreo
Na próxima sexta-feira, 13 de julho, a partir das 22h00, a Putos BRothers Band presta homenagem a Raul Seixas no Boteco do Barão em Indaiatuba. I M P E R D Í V E L !
Valor Único: $10 (para reservas feitas pelo WhatsApp – (19) 99138-5542) Na portaria no dia do evento: $15
Boteco do Barão Rua Humaitá, 700 Centro Indaiatuba – SP Tel: (19) 2516-6220
Lá vem uma novidade quentíssima: Imagens inéditas de Raulzito no palco!
O documentário “Som, Sol e Surfe – Saquarema 76” do diretorHelio Pitanga, em associação com a Elixir Entretenimento (produtora do documentário Raul: O Início, O Fim e O Meio) estréia noIN-EDITBRASIL, 10º Festival Internacional do Documentário Musical, em São Paulo, neste final de semana.
Em meio a um campeonato de surf na praia de Saquarema, Raul Seixas, Angela Rô Rô, Made In Brazil, Rita Lee & Tutti Frutti entre outros, se revezaram no palco em atuações antológicas nesse belo e caótico festival de rock. Todo o material ficou perdido durante décadas, até ser recuperado para contar esse capítulo marcante da história do rock brasileiro. ( http://www.somsolsurf.com.br/ )
Não percam as exibições programadas abaixo: 09/06 – 21h – Cinesesc* 10/06 – 18h – Spcine Olido 12/06 – 19h30 – Matilha Cultural
Festival de Surfe de Saquarema Local: Itaúna, Saquarema (RJ) Data: 21 a 23 de maio de 1976
Informações complementares: Foi a segunda edição da competição em Saquarema. Nelson Motta organizou um festival de música – Som, Sol e Surf – que reuniu público de 30 a 40 mil pessoas; considerado o “Woodstock brasileiro”. Houve apresentações de Raul Seixas, Bixo da Seda, Made in Brazil, Rita Lee & Tutti Frutti, Flamboyant, Ângela Rô Rô, Ronaldo Rosedá y Banda e Flavio y Spiritu Santo. Segundo a revista Música (nº 2, julho/1976), “com cerca de dez mil habitantes, Saquarema foi sacudida de repente por 40 mil pessoas, de muitos lugares diferentes, atraídos por dois grandes acontecimentos: o 2º Campeonato de Surf, que escolheu um campeão para representar o Brasil no Havaí, e o 1º Festival de Rock (…) Rita Lee só chegou no domingo, de avião, e encerrou o festival (…) com o lançamento de músicas do novo LP (Entradas e Bandeiras) (…) Raul Seixas apresentou-se no sábado, fez uma apologia ao diabo e um discurso que sacudiu a multidão.”
Sylvio Passos & Lon Amorim prestam uma homenagem diferenciada a Raul Seixas…
A proposta do evento e apresentar de forma dinâmica a trajetória de Raul Seixas com videos, áudios, bate-papo com Sylvio Passos e musica ao vivo com Lon Amorim.
Sylvio Passos, detentor do maior acervo de objetos pessoais de Raul Seixas, fundador do Raul Rock Club/Raul Seixas Oficial Fa-Clube (1981), alem de esclarecer duvidas sobre a vida e obra do Maluco Beleza, apresenta algum item que pertenceu a Raul Seixas, durante seu bate papo com o público presente.
A disposição do evento se dividade na seguinte forma:
1) Abertura com vídeos apresentando entrevistas, clipes e shows de Raul Seixas. 2) Arquivos de áudios com gravações raras de Raul Seixas. 3) Show com Lon Amorim com repertorio constando apenas musicas de Raul Seixas tendo, em alguns momentos, a participação de Sylvio Passos na gaita. 4) Bate papo com Sylvio Passos respondendo perguntas feitas pelo público presente sobre a vida e obra de Raul Seixas.
A duração do evento gira em torno 3 a 4 horas conforme disposição acima.
Ingressos antecipados pelo whatsapp: (12) 9.8268-0678 Ingresso individual: R$ 10,00 (no dia do evento 15,00) Mesa para 4 pessoas: R$ 60,00 (somente antecipado) *O ingresso individual não dá direito a mesa*
Sábado, 9 de junho de 2018 21h00 Sobradinho Bar Rua Volans, 1010 Jardim Satélite São José dos Campos/SP TEL: (12) 98268-0678
Fazendo um balanço aqui sobre o que foi 2017 para mim e minhaPutos BRothers Bandposso dizer que finalizamos o ano com saldo positivo, embora, feito Belchior, sem nenhum dinheiro no banco. Iniciamos o ano no Acre e logo em seguida, coincidentemente, em 14 de fevereiro (data de meu aniversário) nascia oficialmente o primeiro filho da Putos, digo, nosso primeiro álbum, oCD “Tá Todo Mundo Puto, BRother!”– que foi bem recebido não só pela crítica especializada como também pelo público. Daí pra frente viajamos o Brasil de norte a sul, inúmeras foram as cidades por onde passamos levando tanto nosso trabalho autoral como nossas homenagens aos nossos ídolos nacionais e internacionais, especialmente Raul Seixas. Nossa passagem porBrasília, em agosto, registrada no vídeo abaixo, reflete exatamente como foram todas as nossas viagens pelo Brasil afora, a mesma energia positiva e a mesma alegria em absolutamente todas.
Não ganhamos nenhum prêmio, nosso maior prêmio foi poder estar junto desse povão todo nesse país “sem eira nem beira”, nem tão velho, mas sem porteira. Eu gostaria muito de citar, uma a uma, todas as cidades, todos os locais, todas as pessoas que nos receberam de braços abertos, mas isso tornaria o texto longo, enfadonho. Pessoas chegaram, pessoas ficaram, pessoas se foram, pessoas sumiram.
Que venha 2018 e que agora possamos invadir o planeta todo. ha ha ha ha… Sonhar não custa nada e tudo, a priori, inicia-se num sonho – e nós não estamos sonhando sozinhos. AMÉM!
Um Feliz 2018 a todos nós porque todos nós merecemos, mesmo num país onde o povo está cada vez mais Puto com fatos que dispensam apresentações e comentários. Que em 2018 continuemos todos Putos, BRothers and Sisters.
Alguns dias antes, em um bar cheio de quadros e imagens de Raul e dos Beatles nas paredes, na rua Augusta, centro de São Paulo, converso com Sylvio Passos. Pela primeira vez o fã que virou amigo do seu ídolo não estaria na passeata raulseixista. Na verdade, ele já tinha presença marcada em Brasíliapara também homenagear Seixas nos 28 anos da sua morte.
Sylvio, de 54 anos, é músico e produtor, gaitista e compositor da banda Putos BRothers Band e o fundador do Raul Rock Club, o primeiro fã-clube oficial dedicado ao Raul Seixas. Do ídolo e amigo ganhou o apelido de ‘Silvícola’.
Ele conta que na sua época de colégio, aos 11 anos, gostava de colecionar moedas e revistas em quadrinhos com os amigos. Sylvio foi crescendo, e junto crescia seu amor pela música, pelo “rock ’n’ roll propriamente”. Assim, as coleções passaram a ser não mais de moedas e gibis, mas de itens relacionados à música. Porém, no período, o que o então garoto preferia ouvir eram músicas em outros idiomas, como inglês e holandês. Passos era fã do Led Zeppelin e em 1977 montou um fã-clube dedicado à banda. Mandou cartas para o grupo, mas nunca teve respostas. Em seguida, criou mais dois fã-clubes para bandas de rock progressivo, King Crimson e Jethro Tull. O objetivo era manter contato com pessoas que compartilhassem do mesmo interesse.
Seu pai, pernambucano, era fã do Nelson Gonçalves, e sua mãe, alagoana, também só ouvia música nacional. Mas ele admite que era radical naquele tempo e odiava músicas em português. Porém, com o passar dos anos, começou a “desradicalizar”. “Porque eu traduzia aquelas letras de músicas em inglês e uma boa parte delas não dizia absolutamente nada. Era mais o ritmo, era mais a música mesmo do que o texto. Aí comecei a prestar atenção em Chico Buarque, Caetano Veloso…, e nisso me caiu um disco do Raul.”
De certa forma, o barbudo sempre perseguiu Sylvio. Aonde o jovem ia com os amigos podia ouvir o baiano: em parques de diversão, festas de aniversário e até em velórios. E ele odiava. “Mas, com a abertura da minha cabeça, absorvendo tudo de música boa brasileira, o Raul foi o que bateu mais forte. Primeiro pela musicalidade, porque tinha ali uma coisa de rock ’n’ roll e de blues. Depois, pelos textos e pela atitude dele.”
Por volta dos anos 1980, decidido a prestar uma homenagem para o seu ídolo depois de ver a imagem da carteirinha do Elvis Rock Club, fã-clube fundado por Raul para Elvis Presley, na contracapa do disco “Abre-te Sésamo”, lançado na época, Sylvio publica um anúncio em jornal procurando por itens do cantor brasileiro, incluindo o endereço do artista. Uma semana depois, o rapaz foi procurado pelo presidente do Cavern Club, fã-clube dos Beatles no Brasil. Ele tinha o telefone da casa de Seixas e queria se certificar de que o responsável pelo anúncio não era um lunático. Com o contato em mãos, foram precisos dois dias para criar coragem: “E se ele me mandar à merda?”. Mas ligou, e o próprio Raul atendeu:
— Alô, Raul? — Alô, é o Raul, quem é? — Aqui é o Sylvio. — Oh, Silvio Santos, eu faço seu programa! — Não, aqui é o Sylvio Passos, estou fazendo um fã-clube para você. — Um fã-clube para mim? Nunca ninguém fez um fã-clube para mim. Você pode vir almoçar aqui comigo para me contar essa história?
O até então apenas fã quase não acreditava. Tinha 17 anos, pensava em cursar psicologia ou jornalismo, trabalhava, namorava, mas a visita na casa do Raul foi um “divisor de águas” na sua vida, nas suas palavras. Passaram-se 36 anos desse encontro. De lá para cá, Sylvio aprofundou-se em estudos sobre filosofia, trabalhou como produtor musical, fundou sua banda e ainda se dedica a reunir informações sobre Raul.
A admiração de Sylvio por Seixas pode ser explicada pela valorização de características do músico que ele buscava acrescentar na sua própria vida. “Como em todo processo identificatório, o que é bom são as características positivas que a relação com o outro pode trazer. Assim, há diversos traços que vão estimular determinados hábitos e comportamentos nas pessoas marcadas por essa relação com seu ídolo”, diz a professora Vanina.
Aliás, as letras do Raulzito lhe chamaram a atenção pelos temas de questão existencial e filosófica, mas a postura do cantor era o mais marcante. “Não tinha outro artista no Brasil com aquela atitude”: por maisque Raul incorporasse influências americanas, sua brasilidade o tornava “um ser muito particular”, pois usava expressões tipicamente nordestinas. Aliás, seus amigos, também fãs de Raul, não entendiam aquelas frases, mas, para aquele filho de migrantes do Nordeste do país, elas eram muito comuns — o que só aumentou sua admiração por Seixas.
Como toda a mística que rondava a música de Raul, essa amizade parecia “coisa do destino”. “Ele tinha uma série de coisas coladas na parede, recortes de revista, fotografias de shows… e numa daquelas fotos tinha eu. Eu tinha estado num show dele no teatro Pixinguinha (em São Paulo) uns três meses antes e aí, naquele monte de fotos, eu disse: ‘Cara, esse cara aqui sou eu.’ Eu era cabeludo, jaqueta de couro, bem molequinho roqueirinho mesmo. Ele disse: ‘Não é a toa que você tá na minha casa, você é o escolhido’.”
Com duas semanas de convivência, a relação fã/ídolo tinha virado amizade, por mais que Seixas achasse a música que Sylvio ainda ouvia “barulhenta”. “O nosso papo girava, claro, muito em torno de problemas pessoais, críticas, filosofias, divagações, mas a música era uma coisa muito presente. Eu mostrava que o Led Zeppelin não era tão barulhento assim e eu também não gostava muito do Elvis. Então ele me ensinou a ouvir não só o Elvis como uma série de coisas que eu não conhecia ali do comecinho do rock ’n’ roll, e eu mostrei para ele umas coisas que ele meio que torcia o nariz.”
Raul chegou a ir à casa de Sylvio, conhecer os parentes do novo amigo. E a família, como reagiu? “Ficou louca.” A mãe é uma senhora rígida, “general e evangélica”, que naquele momento pensou que “o demônio” levava o filho embora.
— “Esse maconheiro…”, ela acusava. — “Maconheiro coisa nenhuma, é só cachaceiro”, ao que o filho rebatia.
Silvícola também aprendeu a compor com Raul, numa convivência que se tornou praticamente diária. Ele ainda tem pilhas guardadas de discos trazidos dos Estados Unidos por Raul de presente. Tanta proximidade com seu ídolo fez, com o passar do tempo, que Sylvio adotasse o conceito de “antifã-clube” para sua própria fundação, por conta dos fãs mais aguerridos. “Eu comecei a ter um problema muito sério com fãs radicais demais, são muito fundamentalistas.” Segundo o produtor, ele ouvia críticas até mesmo se fosse visto com camiseta de uma banda que não fosse relacionada a Raul. “Eles falam até que eu sou traidor do movimento, que eu sou aproveitador, que eu uso isso para me promover. Pelo contrário, eu promovo Raul desde garoto e vou morrer fazendo isso. Mas eu tenho a minha vida.”
Se o Raul Rock Club não tinha a proposta da idolatria, mas da preservação da memória de um artista, o objetivo segue firme. Com o tempo, Sylvio ganhou itens do próprio Raul, da família e amigos do baiano e hoje mantém o maior acervo particular sobre o músico – ainda que nem a metade da sua coleção já tenha sido exposta ao público. “Ele começou a me dar as coisas, ele mesmo dizia ‘menino, você vai acabar fazendo um museu meu’.” No seu arquivo dizia: encontra-se o pijama usado por Raulzito na noite da sua morte, alguns dos seus cadernos e boletins escolares, ilustrações feitas pelo músico, roupas como a capa que Raul usava nos shows, manuscritos e várias outras preciosidades. Sylvio conta que seu item preferido da coleção pessoal é o primeiro violão de Seixas, que o cantor ganhou aos nove anos de idade, em 1954.
E a coleção só aumenta. Todas as informações que são publicadas sobre o músico na imprensa são catalogadas por Sylvio em um trabalho solitário. O vocalista da Putos BRothers já lançou livro, disco, participou de documentário, programas de rádio e televisão, “tudo que você possa imaginar”, sempre em nome da preservação do nome do Raul. É um trabalho que não traz lucros, e que ainda não conta com alguém que dê continuidade a ele – Sylvio está em busca de instituições “de confiança” que possam manter a coleção, mas sem “outras intenções”. Ele tem um filho de 18 anos, mas espera que ele não herde essa “cruz, no bom sentido”.
“Por que passar para outra pessoa? Vai saber o carinho, o cuidado que essa pessoa vai ter. Devolver pra família dele? Não sei, porque eles também têm o material deles lá. Na verdade, ninguém vai ficar aqui para contar história. Então, tem que deixar numa instituição que cuide, que zele e a que todo mundo tenha acesso, porque lá na minha casa não dá para levar todo mundo”, gargalha.
Atualmente, a série de objetos está na casa da sua mãe. Ele diz que não sabe quantos são, mas que nunca conseguiu levar toda a coleção para as exposições que já montou pelo país, pois são muitos. “Tudo sai do nosso bolso, porque é paixão. Não é aquela paixão de fanático, mas é uma coisa que eu faço com muito prazer.”
Nos shows com sua banda, Sylvio costuma ver família inteiras, com diferentes gerações reunidas cantando as músicas de Seixas, e ainda se admira de ver adolescentes que sabem tudo do ídolo. “Uma mãe de uma menininha americana de Washington, DC, me ligou um dia falando: ‘Minha filha é completamente enlouquecida pelo Raul, ela fica na internet vendo imagens dele’. Ela tem 12 aninhos, é uma criancinha com síndrome de Down e aqui no Brasil eu também já vi casos como esse.”
Então, o sucesso de Raul não diminuirá? “Daqui 100 anos você vai pegar um texto do Raul e ele vai continuar sendo superatual. Ele se utilizava muito da filosofia, e ela se mexe tranquilamente dentro do tempo. Daí a atemporalidade da música do Raul. Eu digo o seguinte: só vai ter um momento em que o pessoal vai ouvir a música do Raul e vai dizer ‘essa música é velha’… Será quando o Brasil for um paraíso de verdade”, conclui, rindo.
*Excerto do livro-reportagemLado B: outro olhar sobre fãs de música, de Cíntia Luz Lima, apresentado como trabalho de conclusão de curso, uma exigência para a obtenção do título de bacharel em Jornalismo, do Curso de Comunicação Social do Fiam-Faam Centro Universitário. Tributo a Raul Seixas – TOCA RAUL! Domingo, 21 de janeiro de 2018
Putos BRothers Trio (Sylvio Passos, Agnaldo Araújo & André Lopes)
19h00 – Ingresso: R$10,00
Grão Espresso Santana R. Voluntários da Pátria, 3558 Santana – São Paulo/SP Telefone: (11) 2978-4420 facebook.com/graovoluntarios
Sylvio Passos, Vivi Seixas e o cover Penna Seixas durante a gravação da propaganda da Skol em 15 de novembro no Ibirapuera, São Paulo.
Toca Raul! Centenas de fãs do roqueiro cantam “Metamorfose Ambulante” em SP Do UOL, em São Paulo
O grito “Toca Rauuuul” foi liberado no Parque do Ibirapuera. Centenas de fãs do roqueiro Raul Seixas se reuniram no local para gravarem em coro a música “Metamorfose Ambulante”, 45 anos depois da sua gravação.
O evento foi liderado por Vivi Seixas, filha do cantor, e teve como objetivo questionar os preconceitos e padrões preestabelecidos pela sociedade. O vídeo foi gravado no feriado de 15 de novembro e divulgado nesta quarta-feira (13).
Entre os participantes estavam sósias de Raul Seixas e diversos músicos que levaram seus próprios instrumentos, organizado por de uma marca de cerveja. O vídeo, segundo Vivi, foi inspirado em uma ação feita por fãs do Foo Fighters em 2015, que se reuniram em um parque da cidade de Cesena para tocarem a música “Learn to Fly” e pedirem para a banda se apresentar no lugar.
“Sou DJ de música eletrônica há 13 anos e quando eu escolhi isso para a minha vida eu fui muito criticada. Rolou um preconceito muito grande por eu não tocar guitarra, não cantar, não cantar rock e eu sofri muito, muito. Nesta época, eu me agarrei muito à música do meu pai”, contou Vivi a DJ.
Confira abaixo o vídeo gravado em 15 de novembro no Ibirapuera, em São Paulo.
Os Putos BRothers Sylvio Passos & Agnaldo Araújo encerram 2017 com show gratuito apresentando muito Raul Seixas, blues e rock and roll.
Para fechar o ano com chave de ouro, Sylvio Passos & Agnaldo Araújo (Putos BRothers Band) apresentam-se sábado, 23 de dezembro, no pub AugustAlternativa, na Rua Augusta, em São Paulo, com entrada gratuita.
A dupla promete uma noite muito animada onde, além do já tradicional repertório de Raulzito Rock Seixas, apresentarão também clássicos do blues e rock and roll internacional e nacional. Led Zeppelin, Pink Floyd, Deep Purple, Robert Johnson, Gary Moore e Sérgio Sampaio são apenas alguns dos nomes que estarão sendo lembrados na noite. Portanto, uma noite imperdível.
Último EncKontro de 2017 Último encontro do ano com muito Raulzito, Blues e Rock and Roll no AugustAlternativa. Sábado, 23 de dezembro, à partir das 22h00, com entrada grátis! AugustAlternativa Rua Augusta, 520 Link Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1487497304661282/
Álbum lançado em Edição Limitada e Numerada – 300 LPs transparentes e 700 LPs pretos. ÚLTIMAS PEÇAS + 3 BRINDES SURPRESA – FRETE GRÁTIS!
LP TRANSPARENTE 180g – ÚLTIMA PEÇA + 3 BRINDES SURPRESA. R$ 750,00(Contato apenas pelo e-mailsp@sylviopassos.com) – FRETE GRÁTIS
LP PRETO 180g – ÚLTIMA PEÇA + 3 BRINDES SURPRESA. R$ 200,00(Contato apenas pelo e-mailsp@sylviopassos.com) – FRETE GRÁTIS
Álbum lançado em Edição Limitada e Numerada – 300 LPs transparentes e 700 LPs pretos. ÚLTIMAS PEÇAS + 3 BRINDES SURPRESA COM FRETE GRÁTIS!
LP “Isso Aqui Não é Woodstock, Mas Um Dia Pode Ser” (Ao vivo no II Festival de Águas Claras 1981) 01) Rock do Diabo (Raul Seixas/Paulo Coelho) 02) Aluga-se (Raul Seixas/Claudio Roberto) 03) Como Vovó Já Dizia (Raul Seixas/Paulo Coelho) 04) Abre-te Sésamo (Raul Seixas/Claudio Roberto) 05) As Aventuras de Raul Seixas Na Cidade de Thor (Raul Seixas) 06) O Trem das Sete (Raul Seixas) 07) Blue Suede Shoes (Carl Perkins) 08) Ready Teddy (John Marascalco/Robert Blackwell) 09) Maluco Beleza ((Raul Seixas/Claudio Roberto) 10) Al Capone (Raul Seixas/Paulo Coelho) 11) Rock das “Aranha” (Raul Seixas/Claudio Roberto) 12) Sociedade Alternativa (Raul Seixas/Paulo Coelho)
Toca Raul: o maior coro coletivo de Metamorfose Ambulante
No dia 15/11 a SKOL te convida: toca Raul! Vamos fazer o maior coro coletivo de Metamorfose Ambulante que já se viu, com a regência de Vivi Seixas.
Sabe tocar a música em qualquer instrumento? Ou conhece os versos bem? Então vem descobrir com a gente que ser essa metamorfose ambulante é muito melhor do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo.
Seja a metamorfose ambulante que o mundo precisa.
Local: Praça Ibrahim Nobre s/n – São Paulo (Obelisco do Ibirapuera) Concentração: 14h00 Gravação do Coro: 16h00
Vai levar um instrumento? Pra nossa orquestra ficar redonda, conta pra gente qual aqui:https://goo.gl/FJsmq9
Se organizar direitinho, todo mundo #TocaRaul.
Entrada gratuita. É só colar!
Evento destinado a pessoas maiores de 18 anos. Se beber, não dirija. Não compartilhe esse conteúdo com pessoas menores de 18 anos.